
Bombardeio russo mata 14 pessoas, incluindo seis crianças, em Krivoi Rog, cidade natal de Zelensky
Ataque com míssil atingiu uma área residencial próxima a um parque infantil; presidente ucraniano afirmou que o ataque é mais uma prova de que Moscou não quer encerrar a guerra
Por Jovem Pan 04/04/2025 17h36
Pelo menos 14 pessoas, incluindo seis crianças, foram mortas em um ataque com míssil balístico lançado pela Rússia nesta sexta-feira (4) contra a cidade de Krivoi Rog, no centro da Ucrânia, cidade natal do presidente Volodymyr Zelensky. De acordo com as autoridades locais, mais de 50 pessoas ficaram feridas. O míssil atingiu uma área residencial próxima a um parque infantil. Imagens não verificadas, compartilhadas nas redes sociais, mostram corpos espalhados nas ruas e uma grande coluna de fumaça no céu noturno.
“Até o momento, 14 pessoas morreram. As operações de resgate continuam”, declarou Zelensky em uma publicação no Telegram. O presidente ucraniano classificou o ataque como mais uma prova de que Moscou não tem interesse em encerrar o conflito. “A razão para que isso continue é simples: a Rússia não quer um cessar-fogo, e todos estão vendo isso. O mundo inteiro vê”, afirmou. O governador da região de Dnipropetrovsk, Sergii Lisak, informou que o número de vítimas “aumenta constantemente” e confirmou que a área atingida era uma zona residencial, longe da linha de frente.
Krivoi Rog, com cerca de 600 mil habitantes antes da guerra, está localizada a cerca de 60 quilômetros da linha de combate. A cidade tem sido alvo recorrente de ataques com drones e mísseis. Na quarta-feira (2), outro bombardeio russo matou pelo menos quatro pessoas e deixou várias feridas.
O ataque ocorre em um momento de intensas pressões internacionais por um cessar-fogo. O governo dos Estados Unidos, sob a liderança do presidente Donald Trump, tem mediado negociações entre Ucrânia e Rússia para tentar acabar com o conflito, que já dura mais de três anos. Contudo, Moscou rejeitou uma proposta de trégua total apresentada tanto por Washington quanto por Kiev. O governo ucraniano acusa o Kremlin de atrasar as negociações sem intenção real de pôr fim à ofensiva.