
Desfalque de mais de cinco milhões compromete imagem do STAE em Inhambane
Dois colaboradores do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) em Inhambane foram afastados das suas funções, na sequência de suspeitas de envolvimento no desvio de mais de cinco milhões de meticais dos cofres públicos.
Os visados são E. Xadreque, que exercia o cargo de chefe dos Recursos Humanos, e A. Cidumo, ligado à área de Contabilidade da instituição.
De acordo com informações divulgadas pelo jornal “Notícias”, os suspeitos terão recorrido a esquemas fraudulentos para desviar cerca de cinco milhões e quinhentos mil meticais, num período compreendido entre 2023 e 2024. A fraude foi descoberta em Novembro de 2024, após a verificação de divergências nos registos do sistema financeiro e nos mapas de pessoal, o que levantou suspeitas e levou à investigação.
César da Silva, director provincial do STAE, confirmou que, depois de detectadas as irregularidades, a instituição adoptou medidas administrativas, culminando na suspensão imediata dos implicados. O caso está agora sob alçada do Tribunal Administrativo, que dará seguimento ao processo.
Os funcionários acusados aguardam o desfecho do processo em liberdade, enquanto decorrem as investigações conduzidas pelo Gabinete Provincial de Combate à Corrupção.
Segundo o director do STAE, o esquema de desvio de fundos era sofisticado, visto que os documentos de pagamento estavam correctamente elaborados à primeira vista. As manipulações eram feitas nos valores finais, criando uma discrepância difícil de ser detectada, uma vez que o sistema E-SISTAFE permitia apenas um controlo mais aprofundado a nível da contabilidade.