
Associação Muçulmana de Sofala Clama por Medidas Rigorosas Contra Sequestros
Comunidade Muçulmana de Sofala pede acções concretas contra sequestros
A Associação Muçulmana de Sofala (AMS) voltou a manifestar a sua preocupação face ao aumento dos casos de raptos no país, apelando ao Governo para que adopte medidas mais firmes e eficazes no combate a este fenómeno, que tem afectado, sobretudo, empresários muçulmanos e os seus familiares.
O posicionamento foi apresentado por Idrisse Charfudine, porta-voz da AMS, durante a celebração do “Eid ul-Fitr”, cerimónia que marca o final do mês sagrado do Ramadão.
Segundo Charfudine, os crimes de rapto têm ocorrido em locais movimentados e em horários críticos, destacando-se a cidade de Maputo como uma das zonas mais atingidas. O representante da AMS explicou que a associação tem promovido palestras nas mesquitas, orientando os fiéis sobre a importância da paz e da harmonia social, princípios que o Islão defende.
O porta-voz classificou o rapto como um acto bárbaro, caracterizado por violência física e psicológica, muitas vezes realizado com recurso a armas de fogo e pressão moral sobre as vítimas e os seus familiares.
Charfudine lamentou ainda o agravamento do problema dos sequestros em Moçambique nos últimos anos, referindo que muitos casos continuam sem esclarecimento, principalmente os que envolvem empresários.
“O que se nota é uma certa indiferença por parte das autoridades na resolução desta situação. Os criminosos actuam sem receio, em plena luz do dia, o que demonstra um ambiente de impunidade e insegurança”, afirmou.
Por fim, o representante da AMS exigiu medidas urgentes por parte das autoridades, com o objectivo de garantir a segurança dos cidadãos e restaurar a confiança nas instituições. Segundo Charfudine, o aumento dos sequestros está a forçar muitos empresários a abandonar o país, o que prejudica directamente a economia e o mercado de trabalho. “Queremos colaborar com as entidades competentes para construir um ambiente seguro, onde os direitos e liberdades dos cidadãos sejam respeitados”, concluiu.